domingo, 25 de janeiro de 2015

UM NOVO MOMENTO NO PT


O Partido dos Trabalhadores encara um momento novo, local e nacionalmente. No Estado o clima é mais sereno, embora não tranquilo, de resolução das divergências. É a hora de lidar com os infiéis, os "queijos do reino". No plano nacional a situação se complica, com fogo amigo até do vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, que criticou publicamente o governo Dilma Rousseff.
No estado, 27 pedidos de desfiliação dão fim antecipado ao processo de caça a boa parte dos infiéis. O debate que rendeu o apoio da candidatura de Armando Monteiro Neto(PTB) ao governo de Pernambuco foi muito discutido, resolvido no voto, argumenta Teresa Leitão, presidente estadual do PT. Assim, por conta e risco, tendo em vista o regimento interno do partido, dissidentes manifestaram-se publicamente contra Armando na reta final da eleição. Dessa forma, a reunião executiva estadual, adiada da segunda para a próxima quarta-feira, dará seguimento a decisões do diretório estadual tomadas em dezembro. Nos bastidores, a cobrança é forte contra a proteção de infiéis ilustres, como Oscar Barreto, presidente municipal do PT. A briga mira o controle da legenda em 2016, nas próximas eleições municipais.
Teresa reforça o lado estratégico no Estado. Nesse xadrez político, sempre pensando à frente, o PT realiza logo após o Carnaval um seminário de planejamento. Com base no passado (perda dos mandatos federais no Estado) e presente (conjuntura política e governo Dilma), o partido vai pensar o futuro - e nos cenários possíveis até mesmo pós 2016.

Giovanni Sandes
Jornal do Comércio

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