O PT municipal do Recife se reunirá no dia 1º de outubro para discutir a formação da chapa proporcional. O encontro promete discussões acaloradas. Parte da bancada de vereadores da Câmara Municipal está receosa com o ingresso de outros vereadores da base, que a princípio não construíram nenhuma história dentro do partido. O receito é que eles passem a disputar a eleição com o apoio irrestrito do prefeito João da Costa (PT). O presidente municipal, Oscar Barreto, enfatizou que o partido está aberto. “Todo mundo que defende Dilma, Lula e Eduardo deve se candidatar”, disse.
PT DISCUTE CENÁRIO PARA 2012
O PT se reunirá hoje, a partir das 9h, na sede da Comissão de Desenvolvimento do Agreste Meridional, em Garanhuns, para fazer um balanço das gestões petistas, discutir com as lideranças as prioridades da região e analisar a conjuntura e o quadro político desenhando os possíveis cenários das eleições municipais do ano que vem. Segundo o senador Humberto Costa, o evento será uma oportunidade de aproximar os petistas e reforçar as ações da legenda no Agreste. Estarão presentes, além dele, o presidente estadual do partido, Pedro Eugênio, o deputado federal Fernando Ferro e lideranças de 35 cidades da região. Os encontros vêm ocorrendo de forma sistemática em várias regiões do estado e fazem parte do plano de expansão do partido no ano que vem. Atualmente, a legenda comanda oito prefeituras pernabucanas.
Fonte: Diário de Pernambuco
Comentário
O futuro de João Paulo ainda permanece obscuro. Não se tem certeza sobre a sua continuidade ou não no PT. Enquanto isso, de um lado, ele vai se reunindo com outros partidos que o desejam como candidato; e do outro, João da Costa empenha-se em mostrar trabalho, assumindo-se como candidato natural à reeleição.
O que se observa é a prudência dos líderes da legenda em seus comentários para não colocar mais lenha nesta disputa. Estão aguardando a resolução de João Paulo para ,assim, poder definir e assumir um posicionamento concreto quanto à sucessão na capital pernambucana.
Impasses como esse contribuem para o enfraquecimento do partindo, permitindo que os outros ocupem brechas e espaços gerados pelos conflitos internos.
Claro que ocupar a prefeitura do Recife é prioritário e estratégico. Porém, a preocupação do PT pernambucano em fortalecer o partido no resto do estado é justificável. O PSB vem ganhando força com Eduardo Campos (a eleição de Ana Arraes para o TCU é uma prova disso); também por conta das alianças e em nome da governabilidade, os partidos perderam um pouco da sua identidade, da sua individualidade, das suas características, dispondo-se, basicamente em dois blocos: os partidos aliados ao governo e os não aliados.
Bem, penso que uma coisa é fazer política, outra coisa é criar leis e gerir um município. O que observamos em muitas cidades é que vereadores e prefeitos, durante seus mandatos, deixam de lado esse detalhe e vivem eternamente fazendo política. Medem quantos votos vão custar cada projeto proposto ou cada decisão tomada, esquecendo que o bem da coletividade está à cima de tudo, devendo superar os interesses individuais ou de pequenos grupos.
Conquistar prefeituras no interior envolve a mudança de hábitos dos eleitores; de superar o tradicionalismo e o assistencialismo com propostas, com competência, com inovação. Um grande desafio que pode ser vencido desde que o PT estadual faça o acompanhamento, dê o apoio necessário e auxilie nas campanhas.
Rosângela Martins
DM-PT-Vitória
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